Estudo 003 - Aprendendo a Caminhar em Santidade Diante de Deus


Uma leitura atenta do Novo Testamento demonstra que a justificação é uma obra de Deus somente, à parte de qualquer obra humana, também fica claro quando, nos contextos nos quais a justificação é incluída, Deus é o agente único dela.
“… Sendo justificados, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo, a quem Deus propôs, no Seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a Sua justiça… tendo em vista a manifestação da Sua justiça no tempo presente, para Ele mesmo ser o justo e o justificador daquele que tem fé em Cristo” (Romanos 3.24-26); “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios… Deus prova Seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue…”(Romanos 5.6,8-9); “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Cristo Jesus” (Romanos 5.17).
Justificação não é santificação; mas isso não quer dizer que os seguidores – Discípulos de Cristo não devem acreditar em santidade. Justificação (Romanos 3.28-4.6) e Santificação (Efésios 2.10; 2ª Pedro 3.18) são bênçãos distintas – ainda que sejam reais para todos os que são de Cristo (cf. 1ª Coríntios 6.11). Biblicamente, a justificação é a obra de Deus por nós que nos declara justos; enquanto a santificação é a obra de Deus em nós que nos faz justos. Pelos casos citados acima, bem como pelo ensino geral das Escrituras, fica patente que a santificação não é condição para justificação.
Na verdade, a santificação é o resultado da justificação. Os que forem verdadeiramente justificados crescerão em santidade pela obediência aos requerimentos do Evangelho. Afinal, de acordo com a Bíblia, em virtude da união com Cristo (Colossenses 1.27; João 15.4; 1ª Coríntios 1.30; Gálatas 2.20), os discípulos, durante sua peregrinação neste mundo, permanecem sendo moldados à imagem do Filho de Deus (Romanos 8.29), e, conquanto sejam sempre falhos na terra (cf. Provérbios 20.9; Salmo 130.3; Jó 25.4-6; Eclesiastes 7.20; 1 João 1.10), há uma transformação gradativa (2ª Coríntios 3.18), de crescimento em santidade e obediência (2ª Pedro 3.18), que é realidade neles e atingirá a sua plenitude na glorificação (1 João 3.2).