Uma
leitura atenta do Novo Testamento demonstra que a justificação é uma obra de
Deus somente, à parte de qualquer obra humana, também fica claro quando, nos
contextos nos quais a justificação é incluída, Deus é o agente único dela.
“…
Sendo
justificados, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo,
a quem Deus propôs, no Seu sangue, como propiciação, mediante a
fé, para manifestar a Sua justiça… tendo em vista a manifestação da Sua
justiça no tempo presente, para Ele mesmo ser o justo e o justificador daquele
que tem fé em Cristo” (Romanos 3.24-26); “Porque Cristo, quando nós ainda éramos
fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios… Deus prova Seu amor para conosco pelo
fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais
agora, sendo justificados pelo Seu sangue…”(Romanos 5.6,8-9); “Se, pela ofensa de um e por meio de um só,
reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom
da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Cristo Jesus”
(Romanos 5.17).
Justificação
não é santificação; mas isso
não quer dizer que os seguidores – Discípulos de Cristo não devem acreditar em santidade. Justificação
(Romanos 3.28-4.6) e Santificação (Efésios 2.10; 2ª Pedro 3.18) são bênçãos distintas – ainda que sejam
reais para todos os que são de Cristo (cf. 1ª Coríntios 6.11). Biblicamente, a
justificação é a obra de Deus por
nós que nos declara justos;
enquanto a santificação é a obra de Deus em
nós que nos faz justos. Pelos
casos citados acima, bem como pelo ensino geral das Escrituras, fica patente
que a santificação não é condição para justificação.
Na
verdade, a santificação é o resultado
da justificação. Os que forem verdadeiramente justificados crescerão em
santidade pela obediência aos
requerimentos do Evangelho. Afinal, de acordo com a Bíblia, em virtude da união com Cristo (Colossenses
1.27; João 15.4; 1ª Coríntios 1.30; Gálatas 2.20), os discípulos, durante sua
peregrinação neste mundo, permanecem sendo moldados à imagem do Filho de Deus
(Romanos 8.29), e, conquanto sejam sempre falhos na terra (cf. Provérbios 20.9;
Salmo 130.3; Jó 25.4-6; Eclesiastes 7.20; 1 João 1.10), há uma transformação gradativa (2ª Coríntios 3.18), de crescimento
em santidade e obediência (2ª Pedro 3.18), que é realidade neles e atingirá a
sua plenitude na glorificação (1 João 3.2).